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quinta-feira, 28 de abril de 2011

O COMBATE À VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS DEVE COMEÇAR COM A INTOLERÂNCIA AO BULLYING


  A tragédia de Realengo, ocorrida no último dia 7, reacende não só a discussão sobre o desarmamento, mas também sobre a necessidade de combatermos o bullying, uma das formas de violência com inegável incidência hoje em nossas escolas.
Quanto ao primeiro fator, a sociedade brasileira retoma agora a guerra contra a venda e o tráfico de armas. Já a violência nas escolas,esta  só será uma questão resolvida quando educadores, pais e voluntários sociais adotarem uma postura de vigilância ao comportamento dos alunos e estabelecerem medidas na intolerância a toda e qualquer tortura, rotuladas como “brincadeira de mau gosto” ou “brincadeiras cruéis”.
Nesse enfrentamento,  é indispensável que a escola ofereça tanto ao aluno que pratica e ao que sofre o bullying uma assistência especializada, através do acompanhamento por psicólogos, já que ambos, por estarem inseridos em plena situação da violência-  quer por xingamento, isolamento, ofensa, exclusão social e agressões físicas, quer pela discriminação, o sentimento de superioridade ao outro, o prazer diante da tortura e do sofrimento alheio – submsersos em  fatores que poderão desencadear mais tarde inúmeras sequelas, tais como:  o comprometimento do desenvolvimento psico-emocional, a falta de aptidão ou déficit no desempenho intelectual e a contínua participação desses jovens em práticas criminosas, pois a “brincadeira cruel” passa a se constituir em  hábito. E, da escola salta para a internet, para a rua, para os mais diversos ambientes, numa realidade sem fronteiras, onde a ficção passa a motivar tragédias, transformando mentes sãs em doentias, com isso ferindo ou matando inocentes.
O bullying não é uma brincadeira boba, não é coisa à toa, nem se trata de um fenômeno passageiro. Pelo contrário, é o primeiro formato da violência, de atitudes perversas, da injustiça, de todas as formas de preconceito. 
No caso da Escola Tasso da Silveira, nada justifica a matança de 12 crianças naquele fatídico dia. Mas nos faz encarar o combate ao bullying com o peso da responsabilidade de salvarmos mentes e vidas, de impedirmos que jovens sejam torturados por colegas no ambiente escolar.
O depoimento de um dos ex-colegas do responsável pela chacina daquela escola foi enfático nessa questão, quando ele disse que naquele momento é que se arrependeu de ter se juntado a outros colegas e submeteram o autor da morte dessas crianças, na época,  estudante como eles,  a “brincadeiras” que de divertido não têm nada, mas da crueldade, todos os requintes que identificam a distribuição de um distúrbio, que supostamente atrelado a outros fatores, reúnem perversidade e desequilíbrio mental na co-autoria da maior tragédia para a sociedade brasileira.

Fonte: Blog do OMAN