05/10/2011 12h37
- Atualizado em
05/10/2011 13h16
'Foi milagre', diz mãe de menino salvo após ser ferido com alicate na cabeça
Criança de 12 anos está no CTI do Hospital de Saracuruna e passa bem.
Médico diz que se lesão fosse maior, menino poderia ter ficado cego.
assustada com o que aconteceu com o seu filho de 12 anos, salvo após ser ferido com um alicate na cabeça,
a dona de casa Alessandra Florentino do Nascimento está aliviada com a
recuperação da criança. "Foi um milagre. É um alívio ver que meu filho
está bem depois do susto", disse ela, acrescentando que só nesta
quarta-feira (5) teve coragem de ver as fotos do ferimento do pequeno
Simão Felipe Nascimento Coelho de Oliveira.
A mãe do menino conta que estava em casa com o marido quando amigos de
Simão avisaram que ele estava ferido. "Meu filho estava brincando na
casa de uma amiga, mas a casa fica a umas quatro ruas da nossa. Mesmo
ferido, ele chegou quase à esquina da nossa casa", contou Alessandra.
Ela afirmou ainda que foi o pai quem socorreu o menino, levando-o para
um posto de saúde em Imbariê, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
De lá, Simão foi de ambulância para o Hospital de Saracuruna, também em
Caxias, na noite de domingo (2).
Cirurgia
Segundo o diretor do Hospital de Saracuruna, a rapidez no atendimento foi fundamental para o sucesso da cirurgia. "No local onde foi atingido, se a lesão ficasse maior ele poderia até perder a visão", explicou o médico Manoel Moreira. "Ele está lúcido, respira espontaneamente e deve ficar em observação por 72 horas na Terapia Intensiva", afirmou o médico, acrescentando que a previsão é de que a criança receba alta em uma semana.
Segundo o diretor do Hospital de Saracuruna, a rapidez no atendimento foi fundamental para o sucesso da cirurgia. "No local onde foi atingido, se a lesão ficasse maior ele poderia até perder a visão", explicou o médico Manoel Moreira. "Ele está lúcido, respira espontaneamente e deve ficar em observação por 72 horas na Terapia Intensiva", afirmou o médico, acrescentando que a previsão é de que a criança receba alta em uma semana.
A Secretaria estadual de Saúde informou que ele foi atingido por outra
criança. Simão Felipe Nascimento Coelho de Oliveira chegou lúcido ao
hospital. Ainda segundo a Secretaria, ele passou por exames, como uma
tomografia computadorizada que mostrou que o menino tinha uma hemorragia
e por isso foi necessária a cirurgia.
Pais de ferido e agressor são amigos
Após o acidente, Alessandra do Nascimento disse que seu marido descobriu ser amigo do pai do menino que atirou o alicate em Simão Felipe. "Foi uma fatalidade.Os pais dele (menino que lançou o alicate) vieram aqui e nos deram toda a assistência necessária. Foi só aí que meu marido viu que o pai do menino era um amigo com quem ele não tinha mais contato há muitos anos. Eles (pais do agressor) estão arrasados, assim como nós. Foi um desespero, mas não culpo ninguém", disse a mãe de Simão, aliviada com o desfecho do caso.
Após o acidente, Alessandra do Nascimento disse que seu marido descobriu ser amigo do pai do menino que atirou o alicate em Simão Felipe. "Foi uma fatalidade.Os pais dele (menino que lançou o alicate) vieram aqui e nos deram toda a assistência necessária. Foi só aí que meu marido viu que o pai do menino era um amigo com quem ele não tinha mais contato há muitos anos. Eles (pais do agressor) estão arrasados, assim como nós. Foi um desespero, mas não culpo ninguém", disse a mãe de Simão, aliviada com o desfecho do caso.
Alessandra disse que o filho não chegou a falar muito sobre o que
aconteceu, mas que teria ocorrido uma discussão e o outro menino então
jogou o alicate em sua direção, acabando por acertar a lateral da cabeça
de Simão. "Meu filho está um pouco nervoso com a sonda, mas está muito
bem. Ele está sendo bem acompanhado, já senta, se alimenta. Espero que
se recupere logo", afirmou a dona de casa sobre o filho que, segundo
ela, já pensa em quando vai poder voltar a jogar bola. "Ele é
flamenguista e adora jogar futebol".
Mergulhador ferido com arpão
Em 2009, médicos do mesmo Hospital de Saracuruna se depararam com um caso semelhante. Na ocasião, o mergulhador Emerson de Oliveira Abreu deu entrada na unidade depois de ser atingido na cabeça pelo próprio arpão.
Em 2009, médicos do mesmo Hospital de Saracuruna se depararam com um caso semelhante. Na ocasião, o mergulhador Emerson de Oliveira Abreu deu entrada na unidade depois de ser atingido na cabeça pelo próprio arpão.
Ele também precisou passar por uma cirurgia. De acordo com um médico,
25 centímetros do arpão penetraram na região frontal direita do cérebro
do mergulhador. Na época, o neurocirurgião Manoel Moreira Filho disse
que paciente teve a vida salva por milímetros.
“Se o arpão se desviasse só alguns milímetros teria afetado a visão e
lesionado a carótida e o paciente teria morrido. Graças à imagem
tridimensional, conseguimos precisar o local exato da cirurgia. Ainda
serão necessários novos exames. Pode ser que ele tenha uma pequena perda
do olfato, já que a trajetória do arpão foi muito próxima da fossa
nasal”, ressaltou o médico na época.